sexta-feira, 2 de abril de 2010

Abra sua mente!

Os estudantes do zen avançado praticam o judô, mas o judô psicológico deles não foi compreendido pelos turistas que chegam ao Japão. Ver, por exemplo, os monges praticando o judô, lutando uns com os outros, pareceria um exercício meramente físico, mas não é. Quando estão praticando judô, realmente quase não estão se dando conta do corpo físico. Na realidade, sua luta tem como objetivo dominar a própria mente. No judô, o adversário que estão combatendo é a sua própria mente. De maneira que o judô psicológico tem por objetivo submeter a mente, tratá-la cientificamente, tecnicamente; o objetivo é submetê-la. Infelizmente, os ocidentais só vêem a casca do judô. Claro, como sempre, superficiais e néscios, tomaram o judô como luta de defesa pessoal e se esqueceram dos princípios do zen e do ch'an. Isso foi verdadeiramente lamentável. É algo bastante semelhante ao que aconteceu com o Tarô. Sabe-se que no Tarô está toda a sabedoria antiga e todas as leis cósmicas e da natureza.

Por exemplo, um indivíduo que fala contra a magia sexual está falando contra o Arcano IX do Tarô. Portanto, está jogando um carma horrível contra si. Um indivíduo que fale a favor do dogma da evolução, está quebrando a lei do Arcano X do Tarô, e assim sucessivamente.

Depois desta pequena digressão, quero dizer que o Tarô, tão sagrado, tão sapiente, converteu-se em jogo de poquer e nesses outros jogos de cartas que servem para a diversão das pessoas, que se esqueceram de suas leis e de seus princípios. As piscinas sagradas dos antigos templos de Mistérios converteram-se hoje nos clubes de banhistas. A tauromaquia, a ciência profunda, a ciência taurina dos antigos mistérios de Netuno na Atlântida, perdeu seus princípios e converteu-se hoje no circo vulgar das touradas. Portanto, não é de se estranhar que o judô - zen e ch'an - que tem por objetivo precisamente submeter a própria mente através de seus movimentos e paradas, tenha degenerado, tenha perdido seus princípios, no mundo ocidental, e tenha se convertido em algo profano que só se usa hoje para a defesa pessoal.