domingo, 26 de julho de 2009

Lembre-se!!! Regras básicas da Conduta do Judoca

  • Manter seu Kimono (Judogui) limpo e nas condições exigidas;
  • Saber dobrar corretamente seu kimono;
  • Satisfazer as condições básicas de higiene corporal;
  • Fazer a saudação:
* ao entrar no Dojô.
* ao cumprimentar seu mestre.
* ao convidar seu companheiro para treino.
* ao finalizar seu treino.
  • Quando no dojô, manter a disciplina e o respeito adequados ao local, mantendo o Judogui arrumado, sentando-se sobre os calcanhares ou com as pernas cruzadas sempre que não estiver treinado;
  • Amarrar corretamente a faixa;
  • Respeitar os superiores e os colegas;
  • Ajoelhar em ordem, quando da chegada do professor;
  • Estar atento ás instruções do professor;
  • Não beber água durante as aulas e nem sair durante as aulas, somente em caso de extrema necessidade, com devida permissão do professor;
  • Conservar o Dojô sempre limpo e em ordem. Não treinar em outra academia sem a autorização do professor;
  • O Dojô é um lugar sagrado, uma extensão do templo;
  • O Kimono, que é o blusão mais a calça (Judogui), representa a nossa mente - por isto, deve ser branco, imaculado;
  • A Faixa, corresponde nosso caráter, nossa formação - ela nos envolve de responsabilidade;
  • O Nó é a nossa fé, nosso respeito, nosso compromisso e força - nunca devemos desamarrar nossas faixas em frente aos nossos superiores.

Espírito do Judô

  • Aquele que pratica Judô não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar;
  • Conhecer-se é dominar-se, dominar-se é triunfar;
  • Ceder para vencer;
  • Judoca é o que possui: inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam; paciência para ensinar aquilo que aprendeu aos seus semelhantes e fé para acreditar naquilo que não compreende;
  • Quem pensa em perder, já está vencido;
  • somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, com sabedoria e sobretudo com humildade;
  • Saber cada dia um pouco mais e usá-los todos os dias para o bem, esse é o caminho dos verdadeiros homens;
  • Quando verificares com tristeza, que não sabes nada, terás feito seu primeiro progresso no aprendizado;
  • Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário: o que venceste hoje, poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura á a que se conquista sobre a própria ignorância;
  • nas águas do rio da vida chega mais longe quem nada como deve, quando deve e até onde deve;
  • A fraqueza é suscetível, a ignorância é rancorosa; o saber é a força das compreensões; aquele que compreende perdoa;
  • Ante a pugna, ação felina;
  • O corpo é uma arma cuja eficácia depende da precisão com que se usa a inteligência;
  • Segue a via virtuosa com eficiência máxima;
  • Vive em paz com teus semelhantes.

Considerações sobre o pensamento de Jigor Kano - o pai do Judô

Judô - competição vs. filosofia


Quando procuramos o Judô, muitos são os motivos, alguns procuram um esporte, outros um caminho, alguns disciplina, alguns conhecimento, alguns saúde, etc. Enfim, no início os objetivos tem base em necessidades contidas em cada individuo, porém com a prática e graduação nesta Arte, começamos a entender a complexidade do caminho suave, e se decidimos seguir neste caminho torna-se necessário o conhecimento das raízes, e devemos nos perguntar: porquê é que eu faço Judô? O que é Judô? Qual os objetivos do Prof. Jigoro Kano?

O Prof. Jigoro Kano nunca defendeu o Judô nas Olimpíadas, por saber que o Judô não era apenas um esporte, e que a competição trabalharia um jogo de ego, de egoísmo e presunção, ideias opostas ao pensamento do Judô, que visa entre outras coisas:
  • aproximar as pessoas;
  • melhorar o convívio em sociedade;
  • ser veículo à amizade e retidão;
  • trabalhar a verdade;
  • manter a filosofia do Bushido e a cultura Samurai;
  • desenvolvimento intelectual;
  • desenvolvimento psicológico;
  • desenvolvimento ético;
  • desenvolvimento físico;
  • desenvolvimento social;
  • desenvolvimento espiritual;
  • a etiqueta e a disciplina;
  • a caridade, etc...
O verdadeiro Judoca precisa entender que o Judô não é uma mera "lutinha", trata-se de um caminho a ser seguido com retidão de caráter.
Não existe maneira melhor de expressar esta função do Judô senão pelas palavras do nosso Mestre:

" O judoca deve andar por um caminho simples, sem se tornar arrogante com a vitória nem humilhado com a derrota; sem esquecer a cautela quando tudo é silêncio ou tornar-se amedrontado quando ameaçado pelo perigo. Está implícito aqui a censura de que, se nos deixarmos levar pelo sucesso da vitória, inevitavelmente, a derrota virá em seguida. O Princípio da máxima eficiência, ao ser aplicado na arte de ataque e defesa ou para aprimorar e aperfeiçoar a vida, acima de tudo, demanda ordem e harmonia entre as pessoas. Isso se consegue através de auxílio e da concessão mútua, tendo como resultado o mútuo bem-estar e benefícios comuns. O propósito final da prática de Judo é para introduzir o respeito aos princípios da máxima eficiência e do bem-estar e benefícios mútuos. Através do Judô as pessoas podem, individualmente ou coletivamente, atingir seu mais elevado estado espiritual e, ao mesmo tempo, desenvolver fisicamente seus corpos e aprender a arte de ataque e defesa."
Professor Jigoro Kano - Fundador do Judô


Nós judocas de hoje, devemos e temos como obrigação manter o Judô verdadeiro vivo, desta forma, é imprescindível o estudo constante. Aproveite seu mestre, respeite o conhecimento dos mais velhos ande no caminho do verdadeiro Judô, não deixe a maior derrota lhe abalar, que é aquela contra o seu próprio eu.